Mogi Guaçu: Atraso gera manifestação de funcionários do SAMU
quarta-feira, 14 de novembro de 2012Outro problema envolvendo o Consórcio Intermunicipal de Saúde ficou evidenciado após manifestação de funcionários do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) na manhã de ontem. Mais de 20 médicos e socorristas se mobilizaram na Central de Regulação do serviço, em Mogi Guaçu, para reivindicar o pagamento de salários, que deveria ter sido feito na quarta-feira, dia 7.
A ação gerou a versão de que o SAMU estaria em greve. No entanto, a coordenadora do serviço, Elaine Sabadini, informou que foi apenas uma reunião na qual os funcionários cobraram um posicionamento quanto aos salários. “Não afetou o atendimento de ocorrências”, disse. A
COMARCA apurou que em, Mogi Mirim, o atendimento às emergências foi prestado pelas ambulâncias convencionais nesse período.
A informação que circulou na tarde de ontem era de que a Prefeitura de Mogi Mirim teria atrasado o repasse de recursos ao Consórcio, gerando o atraso na folha de pagamento. A prefeita em exercício Flávia Rossi (PSDB) negou.
O secretário do Consórcio, Aldomir Arenghi, confirmou que a Mogi Mirim está em dia com os repasses e que Mogi Guaçu é que estaria em débito.
No entanto, justificou que o atraso dos salários dos funcionários do SAMU está desvinculado dos repasses. Segundo Arenghi, a anormalidade foi causada por um problema técnico no sistema de transferência da Caixa Federal. “O valor saiu do Consórcio para a Caixa Econômica, mas não entrou na contas dos funcionários”, alegou. O problema foi regularizado ainda ontem e os salários foram recebidos.
Um dos funcionários da base de Mogi Mirim, que preferiu não se identificar, revelou que os atrasos são recorrentes desde que o SAMU foi implantado, em março. Segundo ele, o atraso chegou a 15 dias em outras ocasiões. “E dessa vez, pessoas do Consórcio chegaram a justificar para a gente que o atraso ocorreu porque a Prefeitura da cidade de Mogi Mirim não realizou o repasse”, contou.
Ele revelou ainda que mais de 10 médicos que prestavam serviço no SAMU como pessoas jurídicas deixaram as atividades porque não estavam recebendo os salários há meses. “Em alguns expedientes, estamos sem médicos”, disse.
Fonte: A Comarca