A Casa de Justiça e Cidadania “Carlos Alberto Chabregas” está começando a por em prática algumas das propostas delineadas no 1º Fórum Municipal Sobre Dependências Químicas, realizado no dia 3 deste mês em parceria com a Prefeitura.

O Fórum foi precedido de um encontro regional no dia 2. Das palestras, depoimentos e debates dos dois eventos produziu-se um relatório contendo uma série de propostas que a coordenadora da Casa de Justiça e Cidadania, Fernanda Lima Vendramini, entregou ao prefeito Walter Caveanha na terça-feira, dia 16.

A primeira delas trata da reativação da Rede de Saúde Adolescente, que já existiu em Mogi Guaçu. Sua finalidade é proporcionar atendimento especial aos adolescentes para que melhor se integre à sociedade.

O projeto está sendo retomado a partir de estudos que apontam que adolescentes e jovens de Mogi Guaçu têm contato com o tráfico e o consumo de drogas ao final do período escolar da tarde.

Com base nesse levantamento, e como sequência do Fórum, a Casa de Justiça e Cidadania tem prestado atendimento aos jovens e seus familiares no PSF (Posto de Saúde da Família) do Jardim Santa Terezinha, às sextas feiras, das 15h às 17h.

As Secretarias de Saúde e de Promoção Social participam com atendimento especial aos que necessitem de assistência do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) ou do CRAS (Centro de Referência em Assistência Social).

Uma segunda proposta está sendo encaminhada com boas perspectivas de se concretizar. É a que trata da reativação das ruas de lazer nos bairros, com atividades lúdicas, de lazer, esporte e saúde, além de piqueniques e brincadeiras tradicionais.

Este projeto envolve não só as Secretarias de Saúde e Promoção Social, mas também a de Segurança e, principalmente a de Esportes e Turismo, e deverá se desdobrar em um projeto mais amplo em parceria com a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo.

A parceria com o Governo do Estado permitirá a Mogi Guaçu receber verbas para contratação de professores de Educação Física como monitores. Segundo Fernanda Vendramini, o convênio contempla “kits” que variam de R$ 50 mil a R$ 1 milhão conforme a demanda, que pode variar de 100 a 1.000 crianças.

O projeto será discutido em uma próxima reunião, mas em tempo de ser concluído e enviado até outubro à Secretaria de Esportes e Juventude. Um das questões ainda pendentes é a definição dos locais onde as atividades poderão ser praticadas: ruas, praças e até mesmo no CAIC (Centro de Atenção Integral à Criança) e em centros esportivos.

O relatório entregue ao prefeito inclui a implantação do Projeto Viva, programa do Governo Federal que trata das violências, inclusive doméstica e contra a criança e o adolescente. Esse programa recebe verbas federais para custeio.

BIBLIOTECA

A Casa de Justiça e Cidadania propõe a reativação da Biblioteca Móvel como instrumento de desenvolvimento e acesso à informação pela população, estabelecendo um canal de comunicação também com as secretarias municipais envolvidas, que deverão interagir com foco na questão das dependências químicas.

Além disso, durante seis meses, a instituição realizará palestras com o objetivo de promover a integração entre secretarias municipais, ONGs (Organizações Não-Governamentais) e interessados na criação de procedimentos conjuntos. Os palestrantes já foram definidos. Resta resolver apenas as datas.

A manutenção de uma página dedicada ao Fórum na página da Casa de Justiça e Cidadania na rede social Facebook está sendo providenciada pela própria entidade.

Consta das propostas apresentadas ao prefeito a criação de um Fórum Permanente para discussão dos projetos a serem implementados e os já implantados sobre prevenção e o tratamento dos dependentes químicos.

Fonte: Prefeitura Mogi Guaçu