Vazão do Rio Mogi Guaçu baixa a 324 metros; Defesa Civil mantém monitoramento
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013Por volta das 8 horas da manhã desta quinta-feira, a vazão do Rio Mogi Guaçu baixou para 324 metros cúbicos por segundo.
As informações são da Defesa Civil de Mogi Guaçu, com base em dados fornecidos pela concessionária AES Tietê, que opera a PCH (Pequena Central Hidrelétrica), na Cachoeira de Cima.
Em virtude das chuvas constantes que caem desde o fim de semana, a Defesa Civil foi acionada no final da madrugada da última segunda-feira, às 5h30, depois que a vazão da represa da PCH chegou a 377 metros cúbicos por segundo e entrou em Estado de Atenção.
Às 10 horas a vazão subiu para 397 metros cúbicos por segundo, mas se estabilizou até o final da tarde.
A partir da vazão de 400 metros cúbicos a Defesa Civil passa a operar em Estado de Emergência. No entanto, inundações em alguns pontos da cidade só se ocorrem a partir da vazão de 440 a 450 metros cúbicos por segundo.
No final da tarde de segunda-feira, a água do rio começou a retornar pelos bueiros na Vila Maria, e formou uma lâmina de cinco a 10 centímetros.
Integrantes da Defesa Civil estiveram no local e interditaram parte da via, para que o fluxo de carros e caminhões não criasse ondas elevasse a água a alagar as casas. Nenhuma família precisou ser removida.
O agente Osório Silveira, da Defesa Civil, relata que o órgão continua monitorando a vazão permanentemente e vai permanecer mobilizado 24 horas por dia durante este período mais chuvoso do ano.
Desde o momento em que foi decretado o Estado de Atenção, integrantes da Defesa Civil acionaram a Guarda Municipal e o Corpo de Bombeiros – que possui botes salva-vidas.
Além disso, também fizeram contato com a administração de Martinho Prado, onde existem várias áreas de risco por causa de casas e ranchos de pesca localizados às margens do rio.
A Secretaria de Educação também foi mobilizada para possível utilização dos caminhões-baús do setor de merenda escolar em caso de necessidade de transporte de móveis de famílias das áreas ribeirinhas.
Silveira explica que a elevação da vazão do rio ocorreu em função da chegada de água das chuvas constantes no Sul de Minas – nas cidades nas imediações da nascente do Rio Mogi Guaçu – e também no Circuito das Águas Paulista, por onde corre o Rio Manso, seu principal afluente.
O agente da Defesa Civil explica que o aumento da vazão ocorre automaticamente depois que alguns índices do reservatório da PCH são atingidos. “Tudo é feito por profissionais, de modo totalmente profissional e qualquer problema mais sério que possa ocorrer é comunicado com antecedência”, informa.
No caso da vazão ter que ser elevada para um estágio em que ocorram inundações, Silveira aponta que os moradores das áreas a serem atingidas serão avisados com pelo menos duas horas de antecedência.
Além disso, a Defesa Civil procura as famílias e as avisa para saírem de suas casas. Se os moradores não quiserem sair, assistentes sociais do município são acionadas e conversam com os moradores que, no caso de nova recusa, assinam um documento se responsabilizando por suas atitudes.
A Defesa Civil pode ser acionada 24 horas por dia pelo telefone 199.
Fonte: Portal Novidade
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